Que texto massa, aprendi muitos conceitos!! Entendo muito pouco de teoria musical xD
Não sou capaz de opinar sobre sua habilidade com o tempo, mas posso dizer que o ritmo dos seus textos é muito bom!
Achei curiosa a colocação do vendedor do baixo, porque eu tive outra interpretação... pra mim soa mais como um elogio, pois é característica de mestres da arte continuarem estudando pra aprimorar suas habilidades. Sempre há algo novo para aprender, testar, experimentar... ser aprendiz é estar em movimento 🙃
Não sei se concordo sobre o vendedor, mas agradeço e concordo com a conclusão, realmente nunca faltam coisas pra aprender, e acho que o que mais me move é isso mesmo :) Muitíssimo obrigado pelo comentário!
Hoje comentei sobre a sua newsletter no encontro do livro da Tamara Klink, achei bem interessante como você traz as coisas que você faz independente se você é "bom" naquilo.
E eu levei pra conversa justamente porque me identifico muito no sentido TDAH com suas dificuldades musicais e isso foi o que me desencorajou a vida inteira de tentar tocar algo, mas isso não te desencorajou. Até bater palma me deixa sem graça, porque não consigo acompanhar os outros, sabe? E isso me lembrou o livro da Tamara, porque ela conta que nas aulas de navegação ela ficava sempre em último lugar e isso não a impediu de navegar e se tornar uma pioneira.
Pois é, comigo foi bem assim - tem a dificuldade, tem o fato de não ficar muito bom, e tem o fato de ser completamente imprevisível - tem dias que toco alguma coisa e fica até bem decente, tem dias que mesmo as coisas mais simples ficam completamente pavorosas (claro que isso tem a ver com a prática frequente também, nas épocas em que toco todos ou quase todos os dias a chance de "sair bem" é bem maior e isso vale pra todo mundo, né, acho que a diferença pra quem tem TDAH é que pra persistência na parte "chata", mais mecânica, a gente tem mais dificuldade).
Mas uma coisa que sempre me motiva apesar de eu saber que não vai "ficar" bom (e foi por isso que eu resolvi fazer aulas de piano depois de já saber do TDAH) é entender, sabe? Na época que eu fiz aulas de bateria era tão legal ouvir as linhas de bateria mais complicadas e *saber* o que estava sendo feito ali, sabe? Meu sonho é um dia entender harmonia funcional, que é uma das coisas que eu acho mais legal em música mas entendo muito pouco (e a vantagem é que pra isso não é preciso muito habilidade mecânica).
As motivações que envolvem se dedicar a algo que a gente gosta de fazer podem ser infinitas, mas o capitalismo reduz o nosso olhar a somente o "ficar bom" e o mais triste é que eu sinto que isso afeta principalmente quem é neurodivergente, porque a gente acaba tendo dificuldades maiores para lidar com as frustrações e com a maneira terrível que as pessoas percebem nossas escolhas e nossas formas de fazer as coisas. Mas é incrível simplesmente fazer algo porque queremos, já que podemos fazer para entender melhor de um assunto, como você comentou, podemos fazer só pra brincar, para se divertir, para investigar como a gente reage ao desafio, são tantos motivos diferentes e a gente acaba reduzindo nossas experiências ao "ser bom". Tipo essa história da Tamara, sabe? Em velocidade ela nunca foi boa, mas ela é muito boa em sustentar a vontade dela de fazer e talvez isso seja o mais importante. (Ela não me parece TDAH, só trago o exemplo dela, porque essa história dela me chamou muita atenção)
Nossa, concordo DEMAIS com esse seu comentário. Sim, pra gente é um bocado frustrante (é bem essa coisa que eu falei, de tocar há trinta anos mas parecer um eterno iniciante), mas não deveria, né? A gente se cobra demais.
Livro adicionado na minha lista de leitura ☑️😁
Que texto massa, aprendi muitos conceitos!! Entendo muito pouco de teoria musical xD
Não sou capaz de opinar sobre sua habilidade com o tempo, mas posso dizer que o ritmo dos seus textos é muito bom!
Achei curiosa a colocação do vendedor do baixo, porque eu tive outra interpretação... pra mim soa mais como um elogio, pois é característica de mestres da arte continuarem estudando pra aprimorar suas habilidades. Sempre há algo novo para aprender, testar, experimentar... ser aprendiz é estar em movimento 🙃
Não sei se concordo sobre o vendedor, mas agradeço e concordo com a conclusão, realmente nunca faltam coisas pra aprender, e acho que o que mais me move é isso mesmo :) Muitíssimo obrigado pelo comentário!
Hoje comentei sobre a sua newsletter no encontro do livro da Tamara Klink, achei bem interessante como você traz as coisas que você faz independente se você é "bom" naquilo.
Aaaaaaaa que bacana, fico muito feliz em ser lembrado 😊
E eu levei pra conversa justamente porque me identifico muito no sentido TDAH com suas dificuldades musicais e isso foi o que me desencorajou a vida inteira de tentar tocar algo, mas isso não te desencorajou. Até bater palma me deixa sem graça, porque não consigo acompanhar os outros, sabe? E isso me lembrou o livro da Tamara, porque ela conta que nas aulas de navegação ela ficava sempre em último lugar e isso não a impediu de navegar e se tornar uma pioneira.
Caramba, que interessante isso!
Pois é, comigo foi bem assim - tem a dificuldade, tem o fato de não ficar muito bom, e tem o fato de ser completamente imprevisível - tem dias que toco alguma coisa e fica até bem decente, tem dias que mesmo as coisas mais simples ficam completamente pavorosas (claro que isso tem a ver com a prática frequente também, nas épocas em que toco todos ou quase todos os dias a chance de "sair bem" é bem maior e isso vale pra todo mundo, né, acho que a diferença pra quem tem TDAH é que pra persistência na parte "chata", mais mecânica, a gente tem mais dificuldade).
Mas uma coisa que sempre me motiva apesar de eu saber que não vai "ficar" bom (e foi por isso que eu resolvi fazer aulas de piano depois de já saber do TDAH) é entender, sabe? Na época que eu fiz aulas de bateria era tão legal ouvir as linhas de bateria mais complicadas e *saber* o que estava sendo feito ali, sabe? Meu sonho é um dia entender harmonia funcional, que é uma das coisas que eu acho mais legal em música mas entendo muito pouco (e a vantagem é que pra isso não é preciso muito habilidade mecânica).
As motivações que envolvem se dedicar a algo que a gente gosta de fazer podem ser infinitas, mas o capitalismo reduz o nosso olhar a somente o "ficar bom" e o mais triste é que eu sinto que isso afeta principalmente quem é neurodivergente, porque a gente acaba tendo dificuldades maiores para lidar com as frustrações e com a maneira terrível que as pessoas percebem nossas escolhas e nossas formas de fazer as coisas. Mas é incrível simplesmente fazer algo porque queremos, já que podemos fazer para entender melhor de um assunto, como você comentou, podemos fazer só pra brincar, para se divertir, para investigar como a gente reage ao desafio, são tantos motivos diferentes e a gente acaba reduzindo nossas experiências ao "ser bom". Tipo essa história da Tamara, sabe? Em velocidade ela nunca foi boa, mas ela é muito boa em sustentar a vontade dela de fazer e talvez isso seja o mais importante. (Ela não me parece TDAH, só trago o exemplo dela, porque essa história dela me chamou muita atenção)
Nossa, concordo DEMAIS com esse seu comentário. Sim, pra gente é um bocado frustrante (é bem essa coisa que eu falei, de tocar há trinta anos mas parecer um eterno iniciante), mas não deveria, né? A gente se cobra demais.